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Ministros da Alemanha vêm ao Brasil contratar enfermeiros: salário inicial é de R$ 12.400
País sofre com escassez de profissionais e fez acordo com conselho brasileiro de enfermagem. Após validar diploma, ganho pode chegar a R$ 16.700. Não é preciso falar alemão para iniciar o processo.
Os ministros alemães do Trabalho, Hubertus Heil, e das Relações Exteriores, Annalena Baerbock, devem vir ao Brasil em junho com o objetivo de contratar mais enfermeiros para trabalhar nos hospitais e clínicas do país.
— Faltam enfermeiros na Alemanha e, por isso, o governo quer buscá-los no exterior — afirmou o ministro alemão Hubertus Heil ao jornal Der Spiegel. — Uma estratégia de recrutamento seria implementada em conjunto com os países onde há mais jovens e pessoas formadas do que o mercado de trabalho local pode absorver.
Até abril, já tinham sido realizados dois processos seletivos, desde que o acordo foi firmado com o Cofen. Em um deles, em agosto, 45 profissionais foram convocados para trabalhar em hospitais de cidades como Hamburgo e Munique.
O Cofen afirmou que, “em caso de contratação, os enfermeiros receberão passagens aéreas, assistência no processo de imigração, suporte para a busca de acomodação, possibilidade de levar a família para a Alemanha, benefícios sociais, atendimento médico e 30 dias de férias por ano”.
— Nosso objetivo, ao celebrar o convênio, é trazer segurança aos profissionais que desejam imigrar — afirmou a presidente do Cofen.
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Canal de noticias DW TV
Alemanha quer atrair cuidadores do Brasil
21/05/2023
Ministro diz que objetivo é atrair força de trabalho de países em que há mais profissionais jovens e bem qualificados do que o mercado local consegue absorver.
O governo alemão quer recrutar cuidadores no Brasil, disse o ministro alemão do Trabalho, Hubertus Heil, ao jornal Neue Osnabrücker Zeitung, em entrevista publicada neste sábado (20/05).
Há anos que a Alemanha enfrenta falta desses profissionais, ao mesmo tempo em que a população do país que necessita de cuidados cresce.
Heil declarou ao jornal que o objetivo é atrair força de trabalho de países em que há mais profissionais jovens e bem qualificados do que o mercado local consegue absorver.
Assim, ele disse que, em junho, irá ao Brasil com a ministra do Exterior, Annalena Baerbock. Segundo ele, no país sul-americano há muitos profissionais da assistência de idosos e doentes.
Além do Brasil, ele também mencionou a Indonésia e o México. "Vamos agir de uma forma muito cuidadosa, para não retirar de um país a mão de obra que ele mesmo necessita”, salientou.
Faltam profissionais
A Agência Alemã do Trabalho divulgou recentemente que o número de cuidadores na Alemanha aumentou levemente, em 44 mil, em 2021, mas que ainda está muito aquém da necessidade.
Naquele ano, o número total de profissionais atuando no país era de 1,67 milhão. Desde então, a dinâmica do mercado desacelerou, acrescentou a agência, e há apenas um profissional desempregado para cada três vagas que surgem.
Em 1999, o número de pessoas que necessitavam de cuidados na Alemanha era de 2 milhões. Em dezembro de 2021, era de 4,96 milhões. Especialistas calculam que, até 2055, chegará a 6,8 milhões.
Iniciativa anterior não deu certo
A ideia não é nova. Em 2019, o então ministro da Saúde, Jens Spahn, viajou ao México para facilitar a ida de cuidadores para a Alemanha, mas o resultado ficou muito aquém do esperado. Em 2022, apenas 656 profissionais do exterior obtiveram uma vaga na Alemanha por meio da Agência Alemã do Trabalho. A maior parte, 255, oriunda das Filipinas.
Também por isso, especialistas no setor dizem que atrair profissionais do exterior não é a solução para o problema. Eles lembram ainda que, em muitos casos, há dificuldades de comunicação entre idosos e cuidadores que não dominam a língua alemã e sugerem que o governo invista nos profissionais que já estão na Alemanha, tanto nos que trabalham em meio período como naqueles que deixaram de atuar.